15 de novembro de 2007

A minha cidade...











... é o meu berço!

O meu berço...






... é a minha cidade!

11 de novembro de 2007

Realmente, basta um pequeno gesto...

É impressionante a facilidade com que o nosso egoísmo motivado pela preguiça nos leva a esquecemo-nos dos que nos são próximos, dos que nos são queridos ou dos que nos querem bem e, apesar de distantes, não nos esquecem.

Não creio que a distância, o afastamento, seja motivo suficiente para motivar ou justificar a falta para que com eles temos ou mantemos.

E, realmente, a maior alegria que lhes podemos dar é, precisamente, mostrar, de vez em quando, que estamos lá, que não nos esquecemos, que nos lembramos lá, ou simplesmente, fazer uma visita, aparecer, perder duas horas do nosso tempo para fazer lhes fazer um pouco de companhia. Para nós, são apenas duas horas o tempo que dura um filme.

É um pequeno gesto. Sem aparente grande significado, pelo menos para nós. Mas de impressionante efeito para quem é visitado, para quem nos sente próximos. Para quem, no termo de uma vida, a única coisa que procura é o conforto daqueles de quem gosta, de quem ama. Sentir a sua presença, sentir o seu conforto, o seu carinho, o calor que só a família sabe dar... enfim, sentir-se em casa.

São duas horas de conversa jogada fora, ou apenas dois minutos para dizer olá, não estás sozinho, estamos contigo... pouco tempo, mas uma grande alegria...

Ver o sorriso, ouvir a sua gargalhada... fazê-lo sorrir, que seja apenas uma vez, mais uma vez, um sorriso com vontade, de quem se sente o calor, de quem sente a nossa presença, de quem se sente tocado pela nossa presença, tornam esse pequeno tempo numa eternidade, num momento eterno, que nos aquece o coração, que nos transporta de novo a casa, a um momento terno da nossa infância, aos tempos de criança, ao conforto e calor que sentíamos com a sua presença, com o seu abraço.

Vem isto à baila de uma recente visita a um familiar que, apesar de muito chegado, circunstâncias da vida nos afastaram. Ver o seu sorriso, ouvir sua gargalhada, sentida, com vontade, sentir a alegria que transmitia por me ver ali, sentir a minha presença, transportou-me para momentos da infância onde sentia a sua protecção, o seu conforto, o seu calor.

Transportou-me para as histórias que me contava para adormecer, as sopas de pão com leite e açúcar, ás idas para a praia na traseira do seu Mini castanho, das batatas fritas pala-pala, ou dos sugos de fruta... de tantas outras memórias, que iam surgindo em catadupa...

Apesar de o ver muito debilitado e cansado, também da vida, soube-me bem poder retribuir-lhe um pouco do que em criança me deu, me fez sentir, me dedicou. A dívida, nunca poderá ser paga ou retribuída, o crédito que tem sobre mim é bem maior do que alguma vez lhe poderei retribuir. Mas tenho a certeza de que nunca ma virá cobrar.

E de facto, dar uma pequena alegria a quem sempre esteve lá, presente... realmente, não custa mesmo nada, e basta um pequeno gesto.

Obrigado, avô!