Assumidamente, não gosto dele.
No entanto, sou contra a guerra que alguns elementos da classe estão a tentar comprar e levar a efeito.
Concordo com o que disse o antigo bastonário Rogério Alves, o "homem" deve cumprir o mandato até ao fim. Nada dignificará a Ordem dos Advogados e a advocacia abrir-se a guerra que esse grupo de "ilumidados" pretende dar início.
Por várias ordens de razão:
1.º- A eleição do actual bastonário representou a manifestação da vontade e desejo da maioria dos Advogados portugueses. Foi eleito de forma justa e de acordo com as boas regras democráticas. Concorde-se ou não com ele, goste-se ou não dele, há que aceitar esse facto.
2.º- O desempenho que tem tido na função, além da oposição generalizada, não tem apresentado, pelo menos que se saiba, qualquer irregularidade ou ilegalidade. O eleito tem apenas, julgo eu, dado cumprimento ao seu programa eleitoral. Programa que era conhecido de todos, e que foi aceite pela maioria dos profissionais, que nele votaram.
3.º- Mesmo que a ideia da Assembleia Geral se concretize, e seja votada a sua demissão, a coisa não morrerá por aí. O actual bastonário não abandonará o cargo e a coisa só será decidida em tribunal. Valerá a pena deixar que seja um Tribunal, um ente externo à ordem, a decidir o futuro da Ordem? Não me parece nada digno de uma profissão que se deve pautar pela dignidade, pela seriedade, pela humildade. Seja como for, com os atrasos normais dos tribunais, de uma forma ou de outra, parece-me que o bastonário terá sempre a possibilidade de terminar o seu mandato. Entretanto, corre-se o risco de se criar um “mártir”.
Seria preferível, não sei se possível, procurar a discussão dos assuntos supostamente fracturantes na Ordem numa Assembleia Geral ou num Congresso extraordinária, procurando mostrar ao Bastonário o caminho para a harmonia na Ordem. Há que reconhecer que a pessoa em questão não deve ser de trato fácil, no entanto, há também que reconhecer que aqueles que se lhe opõem parecem não ter, também, grande tacto para a coisa. A quem, na grande parte do seu discurso, em vez de discutir as questões, parece antes queixar-se de que não lhe deixam fazer nada, não se lhe pode dar mais razões para manter esse discurso, mas antes “obrigá-lo” a assumir posições concretas e não embarcar no mesmo tipo de discurso. Fazê-lo ver que ou se discute a coisa como deve ser, ou fica o Bastonário a falar sozinho.
Enfim, são apenas ideias soltas.
Não gosto do actual Bastonário, mas não me agrada o rumo que a oposição à sua actuação está a tomar.
Quem sairá prejudicado não serão os intervenientes, mas toda a classe. Classe que aos olhos da população e dos restantes intervenientes judiciários não é, de forma genérica, bem vista. Muitas vezes com boas razões para isso. Basta dar uma vista de olhos pelas paredes dos tribunais e das repartições públicas e ver a quantidade de editais que por lá passam com advogados que foram suspensos ou expulsos, por infracções disciplinares. Mais triste é quando, no meio, se encontram também Advogados Estagiários.
É hora, parece-me, de se repensar o que se quer para a classe, para a advocacia e assumir, de uma vez por todas, os seus defeitos e virtudes, procurando enaltecer as virtudes e corrigir os defeitos.
A ver vamos, como diria o ceguinho.
No entanto, sou contra a guerra que alguns elementos da classe estão a tentar comprar e levar a efeito.
Concordo com o que disse o antigo bastonário Rogério Alves, o "homem" deve cumprir o mandato até ao fim. Nada dignificará a Ordem dos Advogados e a advocacia abrir-se a guerra que esse grupo de "ilumidados" pretende dar início.
Por várias ordens de razão:
1.º- A eleição do actual bastonário representou a manifestação da vontade e desejo da maioria dos Advogados portugueses. Foi eleito de forma justa e de acordo com as boas regras democráticas. Concorde-se ou não com ele, goste-se ou não dele, há que aceitar esse facto.
2.º- O desempenho que tem tido na função, além da oposição generalizada, não tem apresentado, pelo menos que se saiba, qualquer irregularidade ou ilegalidade. O eleito tem apenas, julgo eu, dado cumprimento ao seu programa eleitoral. Programa que era conhecido de todos, e que foi aceite pela maioria dos profissionais, que nele votaram.
3.º- Mesmo que a ideia da Assembleia Geral se concretize, e seja votada a sua demissão, a coisa não morrerá por aí. O actual bastonário não abandonará o cargo e a coisa só será decidida em tribunal. Valerá a pena deixar que seja um Tribunal, um ente externo à ordem, a decidir o futuro da Ordem? Não me parece nada digno de uma profissão que se deve pautar pela dignidade, pela seriedade, pela humildade. Seja como for, com os atrasos normais dos tribunais, de uma forma ou de outra, parece-me que o bastonário terá sempre a possibilidade de terminar o seu mandato. Entretanto, corre-se o risco de se criar um “mártir”.
Seria preferível, não sei se possível, procurar a discussão dos assuntos supostamente fracturantes na Ordem numa Assembleia Geral ou num Congresso extraordinária, procurando mostrar ao Bastonário o caminho para a harmonia na Ordem. Há que reconhecer que a pessoa em questão não deve ser de trato fácil, no entanto, há também que reconhecer que aqueles que se lhe opõem parecem não ter, também, grande tacto para a coisa. A quem, na grande parte do seu discurso, em vez de discutir as questões, parece antes queixar-se de que não lhe deixam fazer nada, não se lhe pode dar mais razões para manter esse discurso, mas antes “obrigá-lo” a assumir posições concretas e não embarcar no mesmo tipo de discurso. Fazê-lo ver que ou se discute a coisa como deve ser, ou fica o Bastonário a falar sozinho.
Enfim, são apenas ideias soltas.
Não gosto do actual Bastonário, mas não me agrada o rumo que a oposição à sua actuação está a tomar.
Quem sairá prejudicado não serão os intervenientes, mas toda a classe. Classe que aos olhos da população e dos restantes intervenientes judiciários não é, de forma genérica, bem vista. Muitas vezes com boas razões para isso. Basta dar uma vista de olhos pelas paredes dos tribunais e das repartições públicas e ver a quantidade de editais que por lá passam com advogados que foram suspensos ou expulsos, por infracções disciplinares. Mais triste é quando, no meio, se encontram também Advogados Estagiários.
É hora, parece-me, de se repensar o que se quer para a classe, para a advocacia e assumir, de uma vez por todas, os seus defeitos e virtudes, procurando enaltecer as virtudes e corrigir os defeitos.
A ver vamos, como diria o ceguinho.
1 comentário:
Palavras certas!
Laura
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