4 de janeiro de 2010

"O Palhaço"

"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples. Ou nós, ou o palhaço."

[Mário Crespo, o texto "roubei-o" aqui]

9 comentários:

Manfredi disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
JTR disse...

Uma explicação:

O comentário anterior demonstrava uma opinião do seu autor (anónimo) sobre o casal McCann e sobre o caso do desaparecimento da sua filha, onde fazia a acusação de Gery McCann ser pederasta e outras coisas que tal.

A remoção do comentário foi por minha própria iniciativa.

Não é que este blogue esteja sujeito a qualquer tipo de censura ou de aprovação prévia. Antes pelo contrário. Pretende o presente blogue ser um espaço de liberdade, do seu autor e de todos os que optam por comentar. No entanto, não pode dar cobertura à manifestação de opiniões ou acusações que contenham, em si, conteúdo injurioso ou difamatório, muito menos quando esses comentários ou acusações são feitas ao abrigo do anonimato.

O comentário anterior não se enquadrava com o espírito deste blogue, e por isso foi removido.

Fica a explicação.

Manfredi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Manfredi disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Manfredi disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Manfredi disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
JTR disse...

Caro "Notícias",

As regras de utilização deste blogue já foram explicadas, bem como os motivos para ter apagado os seus comentários.

Tem um seu espaço onde pode fazer a propaganda, as acusações ou expressar as suas opiniões da forma que bem entender. Este não é um espaço desses. As opiniões são livres a forma de as expressar é que não.

Não admito a utilização deste meu espaço para manifestações de consciência que não respeitem um mínimo de decoro e de respeito.

Se não concorda com estas regras, peço-lhe que cá não venha.

MBSilva disse...

Então?!?!!?

Nada de novo para contar, relatar, partilhar...?!!?

Ai a preguiça! ;)

MBSilva disse...

HHEEEEELLLLLLOOOOOOOOO!!!!!! ;)