Sou jurista de formação, advogado de profissão e defensor do Direito por opção. Não aceito que se aceite, como irremediável, que exista uma justiça para ricos e outra para pobres, muito menos que se assuma que assim é em função dos recursos que o arguido pode suportar ou da "esperteza" do advogado.
O advogado é um mero utilizador do direito. A sua actuação está, em regra, balizada por prazos relativamente curtos e apertados.
O problema das prescrições não está na Lei, nem dos muitos recursos à disposição dos arguidos, nem muito menos no engenho de qualquer advogado. O problema da prescrição de processos crime está em quem não tendo prazos a cumprir, permite, irresponsável e inconsequentemente, que um processo decorra para além do razoável e do que se deve exigir de uma justiça eficiente e célere.
O problema da Justiça em Portugal, não é, ao contrário do que dizem alguns "iluminados" e comentadores judiciários, das Leis, é um problema, grave, das pessoas que nela trabalham.
1 comentário:
Concordo JTR. Sempre percebi que o maior problema da JUSTIÇA está nas pessoas: na sua formação, empenho, competência e, sobretudo...no entendimento de que, quem lida com justiça, lida com serviço público e, consequentemente, com pessoas.
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