1 de maio de 2005

Não chega, já!?

Quero apenas partilhar algumas questões que, nos últimos dias, me tem vindo a atormentar o espírito.
Não conheço o processo. O juízo de valor que aqui faço é única e exclusivamente baseado no que transparece da comunicação social.
Será compreensível que uma testemunha esteja a ser ouvida há mais de 1 mês (a caminho do mês e meio), num processo judicial?
Refiro-me ao processo casa pia e a Catalina Pestana, que ao que me deu perceber continuará a ser ouvida na próxima semana.
Terá a tal senhora assim tanto para dizer? Terá competência para se pronunciar sobre o estado de espírito das crianças ou a forma como as mesmas foram afectadas pelo que se passou - não será preferível ouvir isso da boca de um especialista (sem querer negar o sofrimento e as alterações psíquicas que podem resultar para as vítimas)? Até que ponto será válido o seu depoimento, na medida em que refere o que lhe foi dito pelas crianças (lembro que o depoimento indirecto só vale como prova em casos muito específicos)?
E já agora, porque é que um documento que estava em posse da PJ desde 2003, supostamente, elaborado por uma das vítimas e que descrevia os encontros e que neles participava, só agora foi levado a julgamento?
Que raio de julgamento é este? Que raio andarão os digníssimos magistrados a fazer? Que raio de justiça é esta?
Ou será que o processo está de tal forma inquinado, que a única forma de se conseguir dar alguma credibilidade a toda essa trapalhada é arrastar este circo todo?
Será má vontade minha? Será que ninguém mais percebe o absurdo disto tudo?
Não chegará já de se brincar à justiça, e começarem a trabalhar como deve ser, cumprir as funções que lhes foram destinadas, sem rodeios, sem protagonismos...
De facto, quando em vez de juízes e procuradores temos funcionários públicos a desempenhar essas funções, é nisto que dá...

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