O meu país tem atletas profissionais (ou se preferirem, de Alta Competição) tão bons e de tão alto gabarito que as justificações que apresentam para o seu insucesso nesta edição dos Jogos Olímpicos, são tão claras como demonstrativas da sua falta profissionalismo e da vergonha que não têm na cara:
"Já cheguei à conclusão de que de manhã só é bom na caminha. Pelo menos comigo" - Marco Fortes, eliminado no lançamento do peso.
"Não foi uma competição justa. Lutei um pouco contra os árbitros, parecia uma luta contra quatro. Saí com vontade de rir" - Telma Monteiro, 9.ª no judo.
"A única explicação é que, infelizmente, não sou muito dada a este tipo de grandes competições, como os Jogos Olímpicos" - Vânia Silva, eliminada no lançamento do martelo.
"Muitas vezes os atletas desses países asiáticos não se mostram muito, não aparecem para não serem controlados no doping" - João Pina, 11.º no judo.
"Agora vou de férias. Trinei para os 3.000 metros obstáculos. Não vou aos 5.000 metros. As africanas são fortes. Não vale a pena." - Jéssica Augusto, eliminada dos 3.000 metros obstáculos.
"Entrar neste estádio cheio bloqueou-me. Acabei a prova fresco, o que é estranho. As pernas não responderam ao tiro de partida. Foi bom ter apanhado aqui este banhozinho, esta tareiazinha e agora ir para casa descansar" - Arnaldo Abrantes, afastado da final dos 200 metros de atletismo.
Conclusão: Uns grandes "calaceiros" que apenas foram cumprir calendário e uma viagem à China; um péssimo exemplo do que representam os Jogos Olímpicos; e um péssimo exemplo desportivo.
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