É uma vergonha o que se vive, actualmente, na Ordem dos Advogados
O clima que hoje se vive na Ordem dos Advogados, nomeadamente o chorrilho de insultos, velados ou expressos, entre o Bastonário e os Conselhos Distritais é, perdoem-me os intervenientes, absolutamente vergonhoso. Quer pela falta de conteúdo do discurso, quer pela forma de contestação.
O Bastonário, pessoa que se presume e se lhe exige superioridade intelectual, assume uma postura e atitude de puto mimado, com mania que ninguém gosta dele e está tudo mundo contra si, e que, de modo algum, pode ser contrariado ou podem ser questionadas as suas opções ou decisões.
Os Conselhos Distritais, que desde sempre souberam que estariam votados a, nos próximos tempos, ter de lidar com uma pessoa assim, em vez de elevarem o nível da discussão e imporem ao Bastonário uma mudança de atitude, entram pelo mesmo nível (ou melhor, total ausência dele) do insulto fácil e absolutmente bacoco e ôco, característico, infelizmente, do Bastonário que, a mau grato e com enorme pesar meu, elegemos.
Em nada a profissão e a classe saem beneficiadas com esta estúpida e surda discussão.
Se o Bastonário não tem o nível que se lhe exige e dele se espera, seria obrigação das Conselhias, tê-la.
Meus senhores (não consigo chamá-los de colegas), tenham, vergonha. Discutam o que realmente importa e diz respeito a toda a classe, e não a privilégios ou interesses pessoais.
É altura de começarmos a lutar por uma classe digna e interventiva, que procure ter um papel activo e intervenivo na sociedade, nomeadamente no que diz respeito à área da justiça.
Para se exigir que outros cumpram as suas atribuições, sejam competentes e céleres, e sejam melhores no que fazem, temos primeiro que nos tornamos exemplares e dignos da toga que envergamos.
Basta desta vergonhosa palhaçada e briga de comadres.
[Para quem tiver interesse:
Sem comentários:
Enviar um comentário