11 de dezembro de 2009

Não é falsa modéstia, é puro orgulho

"O Sr. Dr. é um grande advogado. Muito obrigado por tudo. Um grande abraço, meu grande amigo!".
Foi com estas palavras que, após a conclusão de mais um processo, fui brindado logo pela manhã por um cliente.
O agradecimento, a alegria e a generosidade das suas palavras, encheram-me de alento para continuar a desenvolver o meu trabalho como advogado, apesar do desalento e descrença na Justiça.

Os honorários, soube-o mais tarde, foram para ele uma supresa, ficaram aquém do que ele contava ter de pagar.

Não tem de que, meu caro amigo.

8 comentários:

Anónimo disse...

Que nunca a voz lhe doa! Contra marés e tempestades. Só assim a vida - qualquer vida - tem sentido!

MBSilva disse...

... :))!

Maria Francisca disse...

Sei que vem muito desfazado no tempo...
Mas 4ª feira, espero poder dizer isso mesmo ao meu advogado.
Quanto aos honorários também seria simpático ter uma surpresa agradável, mas já não peço tanto.

É sempre muito bom receber retorno. Dá ainda mais sentido ao nosso agir.
Espero que estes anos depois tenha voltado a receber palavras dessas.

Maria Francisca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JTR disse...

Antes de tudo o mais, seja bem vista a esta modesta casa de opiniões.
De seguida, aceite, por favor, um pedido de desculpa tão fria recepção. Conheço o dono da casa, não é mau tipo, e não é seu costume não receber bem quem visita a sua casa. Acredite que o que aconteceu foi mesmo por falta de tempo. Peço-lhe que não ligue à sua falta de jeito.
Sabe que nestas coisas da justiça, por vezes, nem tudo o que à primeira vista parece, é. Há, no meio, que contar com alguma sorte. Há casos que parecem ganhos e resultam em tremendas derrotas, e colossais derrotas que terminam em brilhantes vitórias. A Justiça e o direiro têm destas coisas, nem sempre um quilo de chumbo pesa o mesmo que um quilo de alcodão.
Estou seguro de que correrá tudo bem. Para mim e no que ao meu trabalho diz respeito sempre me preocupei em transmitir a segurança, ao cliente, de que idependemente do resultado final ele foi defendido da melhor forma que sabia e podia e que tudo foi feito. Claro que a vitória é sempre o objectivo principal, daí que só aceite casos que saiba haver possibilidade de vitória, ainda que remota. Nem sempre tive vitórias, mas nas derrotas quase sempre consegui o reconhecimento dos clientes e a sua consciência em que foram bem representados e que nada haveria a fazer. Mais do que o reconhecimento das vitórias é o reconhecimento nas derrotas que me fazem acreditar que tenho andado a fazer um bom trabalho.
Se em caso de derrota (que só por mera hipótese admito), conseguir reconhecer que o advogado fez o que podia e que a defendeu dando o seu melhor, se sentir isso e lhe conseguir agradecer de firma sentida, acredite que foi bem defendida, e que foi feita justiça.
Muitas felicidades para o seu caso.

Maria Francisca disse...

Boa noite,
Obrigada por palavras tão hospitaleiras.

Não admito derrota no caso.
Quanto ao meu advogado, está a fazer um bom papel no que que respeita a transmitir segurança e tranquilidade.

Quanto ao caso, mais uma vez, não admito derrota.

JTR disse...

Boa noite,

Como a compreendo.

Também nunca admiti derrotas nos meus casos, principalmente quando acreditamos na nossa razão com todo o nosso ser, nem nunca as soube aceitar muito bem, ainda que tenha tido de viver com isso em mais vezes do que as desejadas.

Por favor não entenda as minhas palavras como sendo a de um adventista da derrota ou da resignação. Mas de facto o conceito de justiça, por vezes, tem muitas derivações e concepções, e por vezes é difícil lidar com essa latitude da justiça.

Renovo os votos de felicidades e que a final a justiça que for feita, seja a sua.

Maria Francisca disse...

O que me "lixou" ontem foi perceber "as suas derivações e concepções", achei que seria mais cristalino. No caso, em causa, não previ a latitude da justiça.

Obrigada. Vai ser, levará é um pouco mais de tempo do que o esperado.