26 de fevereiro de 2006


Algarve, Dezembro 2005
Uma passagem pelas caves do Rei de Pasárgada, e a seu pedido, retirei, para minha degustação, um Boa Memória 2003, do Monte dos Seis Reis, "(...) a partir das castas Aragonês, Castelão, Trincadeira e Cabernet Sauvignon (...)"; Um Anta da Serra 2002, da Adêga Cooperativa do Redondo, "(...) resultante da vinificação de uvas das castas Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon (...)"; e ainda, dentro dos Alentejanos, um Herdade São Miguel 2004, "(...) produzido exclusivamente a partir de uvas da Herdade [de São Miguel], das castas Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon (...)". De entre os do Douro, um Castelo D' Alba, reserva, 2003, "Produzido no Douro em vinhas de letra A implantadas em socalcos de xisto com indices de pedregosidade elevados e exposição predominate Sul. Castas Nobres da Região Demarca do Douro (...)"; um Fagote 2002, "(...) produzido a partir das principais castas da Região Demarcada do Douro, como sejam a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Francês e Tinta Barroca (...)"; e por último, um Caves Velhas 1999, Dão, Castas Touriga Nacioan e Rufete.
Para completar, e ainda à espera da companhia de quem mo ofereceu, para ser aberto, está um Meia Encosta 1995, Dão.

23 de fevereiro de 2006

Código de Conduta

«Artigo 1º:
Cada um faz o que quer.
Artigo 2º:
O artigo anterior não é obrigatório».
Agostinho da Silva

Ainda as caricaturas...

A discussão tem-se desenvolvido, algumas memórias a baixo. A quem estiver interessado, que dê um saltinho.

15 de fevereiro de 2006

A laranja e o Direito

Um professor, da Faculdade de Direito, perguntou a um dos seus alunos:
- Laurentino, se você quiser dar uma laranja a uma pessoa chamada Sebastião, o que deverá dizer?
O estudante respondeu:
- Aqui está, Sebastião, uma laranja para si.
O professor gritou, furioso:
- Não! Não! Pense como um Profissional do Direito!
O estudante pensou um pouco e então respondeu:
- Está bem, eu refaço o que diria:
Eu, Marcos Rosa Sentado, Advogado, por meio desta dou e concedo a, Sebastião Lingrinhas, BI 6543254, NIF 50829092, morador na Rua do Alecrim, 32, A, do concelho de Vila Nova de Gaia, casado, com dois filhos e um enteado, e somente a ele, a propriedade plena e exclusiva, inclusive benefícios futuros, direitos, reivindicações e outros títulos, obrigações e vantagens no que concerne à fruta denominada laranja, juntamente com a sua casca, sumo, polpa e sementes, transferindo-lhe todos os direitos e vantagens necessários para espremer, morder, cortar, congelar, triturar ou descascar, bem como ingerir a referida laranja, ou cedê-la com ou sem casca, sumo, polpa ou sementes, e qualquer decisão contrária, passada ou futura, em qualquer petição, ou petições, ou em instrumentos de qualquer outra natureza ou tipo, fiscal ou comercial, fica assim sem nenhum efeito no mundo cítrico e jurídico, valendo este acto entre as partes, seus herdeiros e sucessores, com carácter irrevogável, declarando Sebastião Lingrinhas que o aceita em todos os seus termos e condições conhecendo perfeitamente o sabor da laranja, não se aplicando, neste caso, o disposto no Código do Consumidor, cláusula 28, alínea b, com a modificação dada pelo DL 342/08 de 1979.
E o professor então comenta:
- MELHOROU BASTANTE, MAS NÃO SEJA TÃO SUCINTO!
Não deixa de ser uma caricatura ao mundo do direito, ou talvez nem tanto assim.

"Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa
Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe vê na cara,
Que simpatiza comigo e eu simpatizo com ele;
E reciprocamente, num gesto largo, transbordante, dei-lhe tudo quanto tinha
(Exceto, naturalmente, o que estava na algibeira onde trago mais dinheiro:
Não sou parvo nem romancista russo, aplicado,
E romantismo, sim, mas devagar...).
"

(...)

Álvaro de Campos

13 de fevereiro de 2006

Ser Feliz

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço que minha vida é a maior empresa do mundo,
e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa

12 de fevereiro de 2006

Apesar de tudo o que se tem passado e passa no mundo pelos dias de hoje, sinto uma vontade incrível em não postar, não comentar ou, sequer criticar... Será talvez a consciência da impotência de conseguir mudar o que quer que seja. Ou talvez, por desilusão e descrença generalizadas.... Ou talvez, seja mesmo é preguiça.

7 de fevereiro de 2006

Os Cartoons e a liberdade de expressão

Que legitimidade poderá ter alguém que, sabendo que ofende e que mexe com fundamentalismos, ainda assim, "goza" com valores que para determinadas pessoas, sabe serem sagrados ? A liberdade de expressão?
Parece-me não se poder tomá-la como absoluta. Terá os limites do que, em consciência, se sabe ser ofensivo para o caricaturado.
Lógico que não pretendo justificar as reacções.