23 de fevereiro de 2006

Código de Conduta

«Artigo 1º:
Cada um faz o que quer.
Artigo 2º:
O artigo anterior não é obrigatório».
Agostinho da Silva

12 comentários:

Anónimo disse...

Era tão bom que assim fosse...

JTR disse...

Nada impede que assim não seja.

MBSilva disse...

Não concordo...
Só poderia ser assim se quando fizessemos (o que quisessemos) não afectasse terceiros!

Há todo um rol de razões que - a meu ver - impede cada um de nós fazer o que quiser: respeito, lealdade, verdade, sinceridade (and so on!)

Caso contrário, viveríamos uma verdadeira "Anarquia"!

Anónimo disse...

Não desfazendo o raciocínio e toda a sua lógica e sentido, não me parece que tenha sido intenção do seu autor a defesa da anarquia.
Concordo plenamente com o seu Código de Conduta. O seu raciocínio é tão simples como o espaço que ocupa.

Anónimo disse...

Mas, e não obstante, concordo, em última análise, com o que diz, cara MBSilva.

MBSilva disse...

Não disse que JTR defende a "anarquia". O que não concordo é com a afirmação que faz.

Aceito que o princípio (ou o "raciocínio") do seu Código de Conduta é simples e bem apelativo!
Até faço minhas as palavras da "Geminis": "era tão bom que assim fosse..."!
Mas não é! E a realidade não permite que o seja! Porque há regras... (Daí a referência à anarquia)

Acredito que tudo o que fazemos (porque queremos!) tem repercussões e reflecte-se - directa ou indirectamente - na esfera de terceiros.

QUEM DERA que PUDESSEMOS fazer TUDO o que queremos! (Mas não podemos e muitas vezes não devemos...)

MBSilva disse...

Depois de discutir esta questão com uma pessoa 'próxima', devo reconhecer a minha (talvez) incapacidade de ser "inteiramente" "livre" de fazer o que quero... De agir sem pensar nas consequências!

Como não acredito em Deus, inclino-me para a (minha) CONSCIÊNCIA...

JTR disse...

Cara Lucília:
Bem vinda, é com agrado que a recebemos na nossa pequena "comunidade".

Quanto à discussão:
O que nos impedirá de fazer o que queremos é a nossa própria liberdade. Não serão as consequências dos nossos actos, nem tão pouco Deus ou qualquer outro ente superior. As primeiras porque se estivermos dispostos a aceitá-las e arcar com elas, nada nos pode impedir de agir em conformidade. Quanto a Deus... reservo-mo o direito não tecer considerações.
Quanto às conveniências, remeto para o que disse quanto às consequências.
CONCLUSÃO: sendo livre, verdadeiramente livre (de espírito, mente e complexos), "cada um faz aquilo que quer".
Mas "isto" é um tolo a falar.

MBSilva disse...

Se "o que nos impedirá de fazer o que queremos é a nossa própria liberdade", o que é/significa/em que se traduz essa "liberdade"?

Anónimo disse...

Ponha "tolo" "nisso"!!

;)

JTR disse...

Liberdade de querer, estar, fazer...

MBSilva disse...

Então...
«Artigo 1º: - Cada um faz o que quer.»

Se "Nada impede que assim não seja", mas o que "nos impedirá de fazer o que queremos é a nossa própria liberdade" e esta significa "Liberdade de querer, estar, fazer..." ...

(?) Peço desculpa!
Provavelmente o problema na compreensão do que diz ou quer dizer é meu...