Não me considero excepcionalmente culto. Nem, de todo, moralista.
Mas sempre fui um "fundamentalista" no que respeita ao futebol. Não gosto de ver, jogar ou de qualquer outra coisa que lhe diga respeito.
Custa-me saber que um dos jornais mais vendidos em Portugal seja um desportivo e que um dos programas mais vistos em Portugal seja a um jogo de futebol português ou um qualquer reality show. Admito que não sejam equiparáveis, mas também não é esse o propósito deste post.
Sou bastante crítico no que respeita à realidade cultural do nosso pais e da mediocridade cultural que parece institucionalizada, começando na nossa classe política e acabando nas nossas escolas. Escusado será dizer que existem excepções, bastantes, mas de longe constituem a maioria.
Parece-me paradigmático do que falo o exemplo (que me asseguraram ser verídico) de um presidente de câmara que recusou a instalação de uma Fnac no seu concelho, primeiro por desconhecer, sequer, o que fosse tal “modernidade”. Uma vez esclarecida a ignorância do autarca, manteve a recusa com o fundamento de que no concelho já havia muitas livrarias e lojas de música.
Permitir-se-lhe-ia a "nega", se em causa estivessem em causa a protecção dos pequenos lojistas, mas acreditem (conheço bem o concelho em questão) não é, nem o concelho, nem o autarca, um acérrimo defensor dos ditos lojistas. Conclusão: a fnac lá se acabou por instalar num concelho limítrofe.
Pensava ser este o ponto mais baixo, o pior, dos exemplares que pululam no nosso país, "bola" um domingo inteiro, novelas a partir das nove, "reality show" depois da novela, "A Maria" enquanto se espera pelo autocarro - para elas - jornal "A bola" para eles, desconhecer o que se passa no resto do mundo, mas saber quem é que namora com quem, quem foi á festa da em casa não sei de que diminutivo, etc, etc...
Dizia eu, pensava ser isto o pior do que havia em Portugal, até ter assistido, num dos telejornais nacionais, a uma manifestação do PNR, e das declarações dos seus ignóbeis participantes.
Não critico, em si, a manifestação.
Agora que, para se ser membro do PNR é imprescindível ser-se completamente desprovido de inteligência e assumir-se a todos os ventos a estupidez que graça o espírito, parece-me incontestável. Onde o que interessa é expressar o ódio pelos emigrantes, pelos homossexuais, equiparar um pedófilo a um homossexual, ou afirmar-se, convictamente, que 80% dos pedófilos são homossexuais. Quanto a argumentos que justifiquem as afirmações ou que corroborem as estatísticas, levou-os o vento. É o que dá não ter nada na cabeça, as correntes de ar dão-lhes cabo das ideias.
Lembro-me a este respeito de um “cartoon” do independente (o do cão e do pedinte de rua) em que o “cão” afirmava para o pedinte (já devidamente caracterizado de “skinhead”) que para a transformação estar completa, só lhe faltava uma coisa: a lavagem cerebral. A ideia não poderia ser melhor ilustrada.
Mil vezes o Zé Manel, o jornal "a bola" (as minhas desculpas aos seus leitores habituais que não se inserem nas classes a cima descritas), as dúvidas da "Maria" e as previsões da Maia.
Ao menos é uma pobreza de espírito que não contamina.
Mas sempre fui um "fundamentalista" no que respeita ao futebol. Não gosto de ver, jogar ou de qualquer outra coisa que lhe diga respeito.
Custa-me saber que um dos jornais mais vendidos em Portugal seja um desportivo e que um dos programas mais vistos em Portugal seja a um jogo de futebol português ou um qualquer reality show. Admito que não sejam equiparáveis, mas também não é esse o propósito deste post.
Sou bastante crítico no que respeita à realidade cultural do nosso pais e da mediocridade cultural que parece institucionalizada, começando na nossa classe política e acabando nas nossas escolas. Escusado será dizer que existem excepções, bastantes, mas de longe constituem a maioria.
Parece-me paradigmático do que falo o exemplo (que me asseguraram ser verídico) de um presidente de câmara que recusou a instalação de uma Fnac no seu concelho, primeiro por desconhecer, sequer, o que fosse tal “modernidade”. Uma vez esclarecida a ignorância do autarca, manteve a recusa com o fundamento de que no concelho já havia muitas livrarias e lojas de música.
Permitir-se-lhe-ia a "nega", se em causa estivessem em causa a protecção dos pequenos lojistas, mas acreditem (conheço bem o concelho em questão) não é, nem o concelho, nem o autarca, um acérrimo defensor dos ditos lojistas. Conclusão: a fnac lá se acabou por instalar num concelho limítrofe.
Pensava ser este o ponto mais baixo, o pior, dos exemplares que pululam no nosso país, "bola" um domingo inteiro, novelas a partir das nove, "reality show" depois da novela, "A Maria" enquanto se espera pelo autocarro - para elas - jornal "A bola" para eles, desconhecer o que se passa no resto do mundo, mas saber quem é que namora com quem, quem foi á festa da em casa não sei de que diminutivo, etc, etc...
Dizia eu, pensava ser isto o pior do que havia em Portugal, até ter assistido, num dos telejornais nacionais, a uma manifestação do PNR, e das declarações dos seus ignóbeis participantes.
Não critico, em si, a manifestação.
Agora que, para se ser membro do PNR é imprescindível ser-se completamente desprovido de inteligência e assumir-se a todos os ventos a estupidez que graça o espírito, parece-me incontestável. Onde o que interessa é expressar o ódio pelos emigrantes, pelos homossexuais, equiparar um pedófilo a um homossexual, ou afirmar-se, convictamente, que 80% dos pedófilos são homossexuais. Quanto a argumentos que justifiquem as afirmações ou que corroborem as estatísticas, levou-os o vento. É o que dá não ter nada na cabeça, as correntes de ar dão-lhes cabo das ideias.
Lembro-me a este respeito de um “cartoon” do independente (o do cão e do pedinte de rua) em que o “cão” afirmava para o pedinte (já devidamente caracterizado de “skinhead”) que para a transformação estar completa, só lhe faltava uma coisa: a lavagem cerebral. A ideia não poderia ser melhor ilustrada.
Mil vezes o Zé Manel, o jornal "a bola" (as minhas desculpas aos seus leitores habituais que não se inserem nas classes a cima descritas), as dúvidas da "Maria" e as previsões da Maia.
Ao menos é uma pobreza de espírito que não contamina.
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